Os que ficam

A saudade é uma coisa estranha.
Você convive em um grupo e sem mais nem essa uma pessoa deste grupo vai embora.
E eu acredito que para quem fica é mais difícil.
Quem fica tem que conviver com a ausência.
É como se um membro do corpo tivesse sido amputado.
Você está em um espaço em que tudo lhe é natural, mas falta algo.
E entre este algo você procura esta pessoa em todas as outras que lhe são familiares, um gesto,
uma fala, um olhar.
Não digo que quem foi também não sinta saudades, mas para quem foi, tem a possibilidade de conviver com coisas novas pessoas novas e, um espaço diferente.
Estão penso que a saudade é coisa dos que ficam.

Anápolis, 4 de junho de 2008.

Ouvindo nos bares

"Se me faltares nem por isso eu morro,
Se é pra morrer quero morrer contigo".

"Se você quer zero a zero eu quero 1 a 1".

"Você sabe que eu só penso em você..."

"Todo mundo ama um dia, todo mundo chora,
um dia a gente chega, no outro vai embora".

"Eu gosto de você, e gosto de ficar com você
meu riso é tão feliz contigo..."

"Você é assim um sonho pra mim..."

"Por você conseguiria até ficar alegre".

"Nunca estive tão tranquila".

"Amor eu sinto a sua falta, e a falta é a morte da esperança..."

"Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava?"

No céu pouco estrelado de Brasília

Quando estava de saida me recomendaram: - Olhe lá do alto o enterdecer.
Sabes como sou, me esqueci, pois tinhamos que comprar uma boina,
e a fila estava muito grande.
Ver toda a cidade lá do alto é muito bonito, e me fez crer sempre mais
em um Deus Pai Criador e Conspirador.
Conspira coisas como: orquestra, shows, pessoas e abacaxis.
Mas primeiro a boina.
Depois de passarmos por três bancas,
conseguimos achar, (isto na primeira banca em que passamos).
E que diferença faz uma boina, um simples acessório que quase transforma a
pessoa em outra, mas não em outra diferente, mas sim, em uma outra quase igual.
E em uma quase não fila depois... voltamos a subir, só que já tinha ficado escuro.
Gente o que é aquilo?
Depois de uma batida de abacaxi, que por sinal, bem fraca.
As pernas tremiam, o coração acelerava, e os olhos não acreditavam no que viam.
Mas eles viram, e o corpo sentiu, sentiu o vento, o arrepiar da nuca, e os dedos em choque
ao pisar no chão.
Sei que você aguenta o seu peso vezes 3.
Na terra de novo, shows, luzes, tudo Super Fantástico.
Rsrsrrssrsr.
E assim terminamos ao som da Brandi, Turpentine...

Exclusividade

Descobri o que eu já desconfiava a muito tempo.
Sofro de crise de exclusividade.
Agora o que eu vou fazer com isso?
Não sei.